A arte de ocultar correntes: como a política aperfeiçoou o disfarce da opressão

Num mundo muito diferente do nosso, uma jornada extraordinária começou no palco da política brasileira. O primeiro semestre do governo Lula, marcado por promessas e expectativas, terminou com um rombo de R$ 42,5 bilhões nas contas públicas. Uma reviravolta dramática em relação ao superávit de R$ 54,3 bilhões alcançado no mesmo período do ano anterior, sob a liderança de Jair Bolsonaro.
Em junho, a jornada tomou um rumo inesperado quando o déficit primário atingiu R$ 42,5 bilhões, o pior resultado para o mês desde 2021, durante a pandemia de covid-19. A Secretaria do Tesouro Nacional, a guardiã das finanças do país, revelou que o resultado negativo foi o resultado de uma redução real de 26,1% na receita líquida e um aumento real de 4,9% nas despesas totais, em comparação com junho de 2022.
O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, desvendou o mistério do superávit do ano anterior, explicando que foi quase R$ 100 bilhões superior ao deste semestre devido a receitas extraordinárias relacionadas à concessão da Eletrobras e ao pagamento de dividendos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
No entanto, na jornada sob o governo Lula, apesar de não haver queda estrutural na arrecadação, houve um aumento nos gastos. O aumento do valor pago às famílias cadastradas no programa Bolsa Família, o aumento das despesas com benefícios previdenciários e o aumento da estrutura do governo contribuíram para o déficit.
A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023 prevê um déficit para este ano de R$ 228 bilhões, mas o Ministério da Fazenda espera terminar este ano com um rombo menor, próximo a R$ 100 bilhões.
Esta é a história da jornada fiscal do primeiro semestre sob o governo Lula. Uma história de promessas e realidades, de poder e política, e de como as decisões tomadas no palco da política podem ter um impacto profundo na economia de um país. A jornada continua, e o final ainda está para ser escrito.
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