A ascensão da queda: a tragédia silenciosa de um povo iludido

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Durante quarenta anos, uma nação foi convencida de que marchava rumo à justiça, quando na verdade se arrastava rumo à decadência. A frase que expõe a queda do Brasil do 40º para o 81º lugar no ranking global de renda não é apenas um dado econômico — é o epitáfio de uma ilusão coletiva. Uma farsa histórica encenada por elites culturais que confundiram piedade com política, equidade com estatismo, e justiça com nivelamento por baixo. Essa é a anatomia de uma regressão orquestrada, em nome de ideais que se proclamam nobres, mas produzem apenas estagnação. Desde o final da ditadura militar, o Brasil viveu um processo profundo de reengenharia ideológica. Em nome da “democratização do saber”, intelectuais militantes ocuparam universidades, redações e escolas com a missão de substituir o mérito pelo ressentimento, e a liberdade pela tutela do Estado. Inspirados por um marxismo tropical, reinventaram o conceito de opressão: toda hierarquia virou injustiça, toda riqueza virou suspeita, e todo s...

Num Mundo Muito Diferente do Nosso: A Jornada Fiscal do Primeiro Semestre Sob o Governo Lula


Num mundo muito diferente do nosso, uma jornada extraordinária começou no palco da política brasileira. O primeiro semestre do governo Lula, marcado por promessas e expectativas, terminou com um rombo de R$ 42,5 bilhões nas contas públicas. Uma reviravolta dramática em relação ao superávit de R$ 54,3 bilhões alcançado no mesmo período do ano anterior, sob a liderança de Jair Bolsonaro.

Em junho, a jornada tomou um rumo inesperado quando o déficit primário atingiu R$ 42,5 bilhões, o pior resultado para o mês desde 2021, durante a pandemia de covid-19. A Secretaria do Tesouro Nacional, a guardiã das finanças do país, revelou que o resultado negativo foi o resultado de uma redução real de 26,1% na receita líquida e um aumento real de 4,9% nas despesas totais, em comparação com junho de 2022.

O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, desvendou o mistério do superávit do ano anterior, explicando que foi quase R$ 100 bilhões superior ao deste semestre devido a receitas extraordinárias relacionadas à concessão da Eletrobras e ao pagamento de dividendos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

No entanto, na jornada sob o governo Lula, apesar de não haver queda estrutural na arrecadação, houve um aumento nos gastos. O aumento do valor pago às famílias cadastradas no programa Bolsa Família, o aumento das despesas com benefícios previdenciários e o aumento da estrutura do governo contribuíram para o déficit.

A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023 prevê um déficit para este ano de R$ 228 bilhões, mas o Ministério da Fazenda espera terminar este ano com um rombo menor, próximo a R$ 100 bilhões.

Esta é a história da jornada fiscal do primeiro semestre sob o governo Lula. Uma história de promessas e realidades, de poder e política, e de como as decisões tomadas no palco da política podem ter um impacto profundo na economia de um país. A jornada continua, e o final ainda está para ser escrito.





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