A arte de ocultar correntes: como a política aperfeiçoou o disfarce da opressão

O conceito de "limite", tão avesso à mentalidade moderna, é crucial para a nossa existência. Dispensar a ideia de um criador não significa necessariamente negar a sua existência, mas sim a de exonerá-lo, de desvinculá-lo de nosso contexto, como muitas vezes fazemos em processos burocráticos. A questão é: ao fazer isso, estamos realmente nos libertando ou apenas nos cegando para a verdadeira essência da existência?
Muitos acreditam que a humanidade é capaz de se reinventar, de criar e moldar o seu próprio destino. A observação dos céus e a ambição de recriar o paraíso na Terra são testemunhos dessa crença. Embora tenhamos falhado em projetos como a Torre de Babel, a humanidade, com a ajuda da ciência e tecnologia, alcançou a Lua e agora mira em Marte. O que antes era atribuído a Deus, como a onipotência, onisciência e onipresença, agora parece estar ao alcance dos seres humanos.
Entretanto, com todos esses avanços, será que realmente aprendemos a controlar nossos impulsos e desejos destrutivos? A busca incessante pelo externo, pelo desconhecido, muitas vezes pode ser uma distração para não enfrentarmos o que está dentro de nós. A guerra, a destruição e o terrorismo, disfarçados sob o manto da ciência ou da feitiçaria pós-moderna, continuam a nos assombrar.
A verdadeira chave para entender nossa existência pode estar no reconhecimento dos nossos limites. A consciência desses limites nos permite expandir nossa compreensão e honrar uma ética de sinceridade, paz e equidade. A arte de reconhecer e aceitar nossos limites, de dizer "não" a nós mesmos, é o que nos torna verdadeiramente humanos.
Não precisamos negar ou matar a ideia de Deus para nos afirmarmos. O reconhecimento de nossos limites e a busca por uma ética sincera são essenciais para entendermos nosso papel no mundo e nossa relação com o divino.
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