A arte de ocultar correntes: como a política aperfeiçoou o disfarce da opressão

Karnal inicia traçando paralelos sobre como a verdade é percebida em diferentes esferas da vida. Na ciência, é o resultado de investigações meticulosas; no amor, é influenciada pela subjetividade dos sentimentos. No entanto, é na política que a verdade assume seu caráter mais multifacetado.
Citando Charles-Maurice de Talleyrand, Karnal destaca a maleabilidade da verdade na esfera política. Talleyrand, que testemunhou diversas transformações políticas em sua vida, acreditava que na política, o que as pessoas consideram como verdade muitas vezes supera a realidade objetiva.
Isso levanta uma questão pertinente: os políticos estão sempre distorcendo a verdade? Karnal argumenta que não necessariamente. Eles recorrem a inverdades principalmente quando é vital para a manutenção de seu poder. A verdade, nesse contexto, é frequentemente usada mais como uma ferramenta estratégica do que como um valor intrínseco.
No entanto, é essencial destacar, conforme Karnal ressalta, que nem todos os políticos são motivados por interesses pessoais. Muitos têm um compromisso genuíno com a ética e o bem comum. A política, quando praticada com integridade, é uma força potente para o progresso e a justiça social. Desacreditar a política como um todo seria um desserviço à sua capacidade transformadora.
Concordo com a análise de Karnal. A política é, sem dúvida, um campo repleto de nuances. Embora a luta pelo poder possa obscurecer a verdade, a política também tem o potencial de ser uma força positiva na sociedade. Como observadores e participantes, devemos nos esforçar para discernir entre as duas e apoiar uma política que reflete nossos valores mais elevados.
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