A ascensão da queda: a tragédia silenciosa de um povo iludido

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Durante quarenta anos, uma nação foi convencida de que marchava rumo à justiça, quando na verdade se arrastava rumo à decadência. A frase que expõe a queda do Brasil do 40º para o 81º lugar no ranking global de renda não é apenas um dado econômico — é o epitáfio de uma ilusão coletiva. Uma farsa histórica encenada por elites culturais que confundiram piedade com política, equidade com estatismo, e justiça com nivelamento por baixo. Essa é a anatomia de uma regressão orquestrada, em nome de ideais que se proclamam nobres, mas produzem apenas estagnação. Desde o final da ditadura militar, o Brasil viveu um processo profundo de reengenharia ideológica. Em nome da “democratização do saber”, intelectuais militantes ocuparam universidades, redações e escolas com a missão de substituir o mérito pelo ressentimento, e a liberdade pela tutela do Estado. Inspirados por um marxismo tropical, reinventaram o conceito de opressão: toda hierarquia virou injustiça, toda riqueza virou suspeita, e todo s...

Quando o hábito apaga o remorso: a banalização do mal na política e no poder


A frase "Os homens nunca sentem remorsos por coisas que estão habituados a fazer" reflete uma análise profunda sobre o comportamento humano e a ética cotidiana, sugerindo que a repetição e a normalização de certas ações acabam por anestesiar a consciência moral. Esse pensamento lembra o conceito de "banalidade do mal", cunhado por Hannah Arendt, para descrever como atos de crueldade podem ser praticados por pessoas comuns sem que estas questionem a moralidade de seus atos, especialmente quando esses atos se tornam rotina ou são incentivados por uma autoridade.

Na política, essa ideia se aplica quando práticas como a corrupção, a manipulação da verdade e o abuso de poder se tornam corriqueiras para alguns grupos ou indivíduos. O poder pode criar uma zona de conforto onde ações, antes vistas como eticamente questionáveis, passam a ser justificadas ou racionalizadas pela força do hábito e pelo contexto ao qual o agente está inserido. Assim, políticos, líderes e agentes do Estado podem desenvolver uma certa "cegueira ética" — um tipo de complacência que impede o questionamento interno de suas próprias ações.

Essa análise também lembra as observações de filósofos como Michel Foucault, que estudou como as estruturas de poder moldam as normas sociais e influenciam o comportamento dos indivíduos, levando-os a internalizar práticas e ideias que servem ao status quo. Segundo Foucault, o poder disciplinar transforma o comportamento ao ponto de tornar certas ações automáticas e não questionadas.

Portanto, a frase destaca um ponto importante sobre como a repetição e o hábito têm o poder de diluir o senso de responsabilidade moral. Em contextos de poder, isso pode levar a uma falta de remorso em ações que, para um observador externo, seriam claramente condenáveis, mas que, para o agente habituado, parecem apenas parte da rotina.

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