A arte de ocultar correntes: como a política aperfeiçoou o disfarce da opressão

Em cada eleição, temos uma escolha clara. O que muitos não percebem é que não escolher com cuidado pode dar o poder a quem não merece. Platão, o famoso filósofo grego, já alertava para esse risco quando dizia: “O castigo dos bons que não fazem política é serem governados pelos maus.” Ou seja, o desinteresse e a falta de atenção nas escolhas políticas podem permitir que pessoas sem integridade assumam o controle.
Mas o que leva alguém a votar em um candidato que já mostra sinais de corrupção ou má índole? Existem vários fatores, como promessas sedutoras, a crença de que "rouba, mas faz" ou o simples desconhecimento sobre o histórico do candidato. No entanto, o que precisa ficar claro é que, ao votar, estamos dando a essa pessoa o poder de gerir não apenas recursos, mas a qualidade de vida de toda a população.
A Bíblia nos ensina algo importante sobre integridade e liderança em Provérbios 29:2: "Quando os justos governam, o povo se alegra; mas quando o ímpio domina, o povo geme". Esse versículo nos lembra que a escolha de bons líderes resulta em paz e prosperidade, enquanto maus líderes trazem sofrimento. Portanto, o voto consciente não é apenas uma escolha política, mas um ato moral, com consequências diretas sobre a justiça e o bem-estar social.
Por que então, sabendo das possíveis consequências, algumas pessoas continuam elegendo candidatos envolvidos em escândalos? A resposta pode estar no ciclo de desesperança e desinformação. Muitos eleitores se sentem desiludidos, acreditando que "todos são iguais" ou que "nada vai mudar", então votam sem pesquisar, baseados em emoções ou até mesmo por interesses pessoais de curto prazo, como favores ou promessas de benefícios imediatos.
Contudo, essa visão é perigosa. O sociólogo Max Weber, em seu estudo sobre o poder e a política, destacou a importância da ética na política. Segundo ele, a ação política deve ser orientada por uma ética de responsabilidade, ou seja, o político precisa agir pensando nas consequências de seus atos. Mas essa responsabilidade também é do eleitor. Quando você vota, não está apenas escolhendo para si, mas também para a coletividade.
Portanto, a ideia de que o voto pode transformar um ladrão em político revela uma grande verdade: somos nós, com nossa participação democrática, que temos o poder de mudar os rumos da nação. Se queremos um país mais justo, com líderes que realmente representem os interesses da população, é essencial que investiguemos a fundo a trajetória e as propostas dos candidatos. O futuro não depende apenas dos que governam, mas também de quem os coloca no poder.
Assim, da próxima vez que você for às urnas, lembre-se de que o seu voto não é apenas um ato simbólico, é uma responsabilidade com as futuras gerações. Como afirmou Edmund Burke, filósofo britânico: “Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada.”
Comentários
Postar um comentário